27 de maio de 2020

Posted by Biblioteca de E.B.2,3 de Paço de Sousa in | maio 27, 2020

Olá a todos
Este ano letivo, a turma 2 da E.B.1 de Mosteiro concorreu ao "Concurso Uma Aventura… Literária 2020" com um texto coletivo. Este teve, como tema, a Educação Ambiental, abordado em Cidadania, e incidiu sobre a poluição dos oceanos causada pelos plásticos e outros materiais.


Com este trabalho, a turma conseguiu alcançar um excelente 3.º lugar, uma vez que estavam a concurso mais de 14 mil trabalhos.
A BE congratula-se com essa honrosa distinção e dá os PARABÉNS a todos os meninos e meninas da turma bem como à professora Aurora Barbosa pelo trabalho desenvolvido.

E a melhor forma de expressar esta alegria e manifestar o reconhecimento pelo feito alcançado é… ler o texto "A aventura da Carapaça".


"Um certo dia de verão, o Sol brilhava no céu azul e uma tartaruga chamada Carapaça nadava nas ondas do oceano. Nestas águas, havia tubarões, baleias, peixes-balão, cavalos-marinhos, peixes, algas…mas também havia plástico, vidro, metal…

Ora, a Carapaça andava a brincar com a sua amiga Verdina e ela ficou com a barbatana presa numa garrafa de plástico. A Verdina foi ver onde estava a sua amiga e, quando a encontrou, tentou ajudá-la, mas não conseguiu.

A Carapaça ficou preocupada porque podia ser apanhada pelos predadores. Como não conseguia nadar muito bem, foi arrastada pelas ondas até uma praia.
Uma menina chamada Joana estava a brincar na areia perto do mar e viu a tartaruga a mexer-se na água.
A Joana foi dizer à mãe que tinha visto uma tartaruga magoada na barbatana por causa de ter uma garrafa de plástico lá metida.


Elas levaram a tartaruga ao veterinário, que percebia de tartarugas, para tirar a garrafa e ver se tinha algum ferimento.
O veterinário disse à mãe da Joana que a tartaruga ia ficar duas semanas no aquário gigante que lá havia. Passado esse tempo, a Carapaça já estava melhor e já podia nadar.

A Joana e a mãe levaram a tartaruga para o mar porque os animais selvagens devem estar no seu habitat natural.
Nunca devemos deitar lixo na Natureza, pois vai destruir o nosso Planeta. É importante, todos nós, fazermos a Reciclagem!"

Turma 2 – Mosteiro
2019

A mesma professora Aurora Barbosa partilhou também com a BE, o que muito agradecemos, o seguinte texto:

"Em tempo de pandemia, em que a presença física não foi possível, construímos uma corrente de escrita para que o elo se mantivesse e foi este o resultado.
Eis, pois, uma escrita a várias mãos de alunos, pais e professora."



Que coisa bonita! É que para escrever é preciso saber escrever, querer escrever e, finalmente, escrever!
A todos aqueles que colaboraram, não só neste texto mas noutros que se foram fazendo no âmbito de outras turmas e anos de escolaridade, muitos PARABÉNS!!
Por favor, continuem!

Por conseguinte, este segundo momento de leitura que hoje propomos tem como título “Um voo pelas páginas brancas” e, além de ser uma bela história “a várias mãos”, é uma ótima forma de realizarmos hoje o que nos propusemos fazer todos os dias: 10 minutos a ler!



"A primavera chegou, nos jardins começavam a aparecer as primeiras flores e as árvores cobriam-se de folhas verdes e brilhantes. As borboletas esvoaçavam por entre as plantas e as abelhas procuravam o pólen, para levarem para as suas colmeias.
De manhã cedo, ouvem-se os passarinhos a cantar enquanto fazem os ninhos para os seus bebés. A natureza fica mais colorida e com um cheirinho muito bom. Os primeiros morangos começam a aparecer, são uma delícia!
Regressam as andorinhas aos seus ninhos, nos beirais, para porem os ovos e os chocarem. Acordamos todos os dias com os passarinhos a cantarem, atarefados na recolha de ervas e palhas secas para fazerem os ninhos. Que linda que é a Primavera!
Foi num destes dias que uma menina chamada Sara encontrou uma andorinha bebé no chão de relva verde, pois uma águia castanha e branca, acidentalmente, a feriu com uma das suas asas.
A Sara, rapidamente e com cuidado, pegou na andorinha e levou-a para sua casa. Tratou dos ferimentos, deu-lhe banho e comida e, no dia seguinte, a Sara procurou o ninho onde estaria a mãe da andorinha.
A menina, ao fim da manhã, encontrou a mãe da andorinha. O nome dado à andorinha foi Bolinha e esta ficou muito contente por encontrar a sua mãe. A partir daí, a Bolinha e a mãe passaram a ter mais atenção e cuidado com os outros animais e ficaram muito amigas da Sara. Vinham vê-la todos os dias quando chegava da escola.


A Sara dava-lhes comida e água, a Bolinha e a sua mãe agradeciam-lhe cantando. De seguida, elas despediam-se da menina e voltavam para o seu ninho, para descansarem.
A menina era curiosa e observava atentamente o voo das andorinhas. Era tão elegante, tão suave, tão bonito, que ela própria começou a sentir uma grande vontade de voar! Queria bailar no vento! Então, teve uma ideia “e se eu construísse umas asas para conseguir voar com a minha amiga Bolinha?”
A Sara, toda contente, decidiu começar a construir as suas asas com alguns materiais que encontrava no chão. Foi ao jardim perto da sua casa e apanhou alguns paus e penas coloridas dos patinhos do lago do jardim. Voltou para casa, contou a ideia à sua mãe e pediu o seguinte:
- Mãe, podes ajudar-me a voar?
- Claro, filha, mas precisamos de mais material e de fazer um esboço. – disse a mãe chamada Carla.
As duas foram, muito contentes, comprar um lápis, folhas para fazer o desenho, parafusos e tintas para que as suas asas parecessem um verdadeiro arco-íris.
No caminho para a loja encontraram um amigo da Sara, o João. Logo, animadíssima, contou toda a sua história e o seu plano de voar. O menino adorou a ideia e foi logo pedir aos seus pais umas asas para também poder voar e assim aproveitar a suave e doce brisa da primavera.
Alguns dias depois, o João foi a casa da Sara para ver como estavam as suas asas. Quando lá chegou, viu que a Sara já as tinha concluído. O João ficou admirado com as asas, elas eram grandes e bonitas, como nunca antes tinha visto. Então, o João perguntou à Sara:
- Sara, trouxe as minhas asas, achas que podemos voar juntos?
- Sim, João, podemos voar juntos com as nossas amigas andorinhas.
A mãe Carla que estava a ouvir os meninos a conversar disse:
- Para voar não basta ter asas.
Logo, a Sara respondeu.
- Então, mãe, o que é preciso mais?
A mãe respondeu que, para voarem, além das asas, necessitariam de coragem! E quem os poderia ajudar a obter essa coragem, seria a amiga Bolinha, uma vez que voava com tanta elegância e suavidade que os podia ensinar e encorajar.
No dia seguinte, logo de manhã cedo, a Sara e o seu amigo João começaram por colocar as asas cor de arco-íris que tinham construído. Tentaram várias vezes voar, mas não conseguiram. Foi aí que a sua amiga Bolinha os ajudou, dizendo:
- Sara e João,vocês não precisam de asas para voarem, mas sim de um livro e muita imaginação!
Foi nesse preciso momento que a Sara se lembrou do livro de páginas brancas que a mãe lhe tinha oferecido no Natal. Então, decidiram começar a escrever uma aventura com a Bolinha em que ela e o João podiam voar pelo mundo fora e mostrar a todas as crianças que é possível sonhar. Partiram para essa aventura cheios de entusiasmo, coragem e preparados para explorar novos desafios.


O João e a Sara pegaram no seu caderno branco e começaram por imaginar que estavam numa floresta tropical, rodeada de muitas árvores, onde habitavam aves de diferentes espécies e cores. Havia papagaios, araras, tucanos, periquitos, entre outros. Como os dois estavam com as suas asas coloridas, foram muito bem recebidos por todos os animais.
Com esta beleza toda, com estas cores bonitas daquelas aves, esquecemo-nos que também existem perigos e o primeiro perigo foi o Leonel, o tucano, que não gostava que ninguém tivesse asas mais bonitas do que as dele.
Não foi fácil conseguir a amizade do Leonel... Ele era muito autoritário e muito, muito ciumento. Não gostava de ver gente estranha na "sua floresta", mas com a ajuda da Bolinha, explicaram que só queriam conhecer aquela floresta tropical encantadora...
Após todas as explicações e sob o olhar atento e desconfiado de Leonel, lá conseguiram entrar e observar toda aquela maravilha de floresta, com imensas palmeiras a perder a vista, árvores cheias de cores carregadas de plantas exóticas e de frutos. Os três amigos estavam muito felizes com a aventura, mas, a certa altura, ouviram um barulho estranho, parecia que vinha de dentro de uma gruta. Mas o que poderia ser?
Então, os três amigos encheram-se de coragem, mas ao mesmo tempo com algum receio, entraram na gruta avistando, ao fundo, um lindo panda bebé. Logo, de seguida, chega a sua mãe, assustada por ver tanta gente junto do seu filho, e perguntou-lhes o que se passava para estarem ali.
- Não fiquem assustados, apenas gostaríamos de apreciar a beleza da floresta e conhecer os animais que nela habitam. – respondeu a Sara.
A mamã panda, feliz, chamou os seus filhos pandas e os seus amigos esquilos e ratinhos que viviam juntos e caminharam pela floresta.
Havia lugares lindos, jamais imaginados, de tamanha beleza. Num dos lugares da floresta encantada, havia uma bela cascata com um lindo lago, a água era azul, limpa e tinha imensos peixinhos coloridos.
- João, que pena, chegamos ao fim do livro, já não há folhas em branco para podermos continuar a nossa aventura!
- Sara, é verdade, mas a história que escrevemos ficou espetacular! Na verdade, quando queremos, não há limites para a nossa imaginação."


Autores: alunos, pais e professora da turma 2 da E.B.1 de Mosteiro.

Então, até à próxima quarta-feira!
Boas Leituras!