Falemos
então hoje de eufemismo.
Consiste
na utilização de palavras ou termos mais agradáveis para suavizar uma expressão
ou situação de maior impacto.
É, portanto, uma forma atenuada de referir uma
realidade desagradável ou grosseira.
Por exemplo, quando se trata da morte de
alguém, é comum dizer que essa pessoa "partiu", "deixou este
mundo" ou, se tem fé, “que já foi para o céu”.
A
palavra eufemismo vem do grego. O acréscimo do prefixo “eu” (agradável, bom) ao
termo “pheme” (palavra) deu origem a euphémein, que significa “pronunciar
palavras agradáveis”.
Vejamos
alguns outros exemplos:
A testemunha
faltou à verdade.
A
expressão “faltou à verdade” está em vez de “mentiu”.
Era
um rapaz de inteligência bastante limitada.
A
expressão “inteligência bastante limitada” está em vez de pouco inteligente.
O
homem era amigo do alheio.
A
expressão “amigo do alheio” está em vez de “ladrão”.
Desta
vez, ela não se deu bem com o almoço.
A
expressão “não se deu bem” está em vez de “ficou indisposta”.
Já
agora falemos também de disfemismo, que é uma forma desagradável, depreciativa
e algumas vezes ofensiva, de referir uma realidade difícil.
Por
exemplo:
Ele
esticou o pernil.
A
expressão “esticou o pernil” está em vez de “morreu”.
Aquela
mulher é muito linguaruda.
A
expressão “muito linguaruda” está em vez de “fala de tudo e de todos”.
Então?
Deu para perceber?
É que
grão a grão enche a galinha o papo. Ups! Será um eufemismo?
Até
terça-feira!