Este ano comemora-se o oitavo
centenário da representação do primeiro presépio da história. A
palavra presépio (praesepium) é de origem hebraica e
significa manjedoura dos animais. Com o uso passou a significar o
próprio estábulo.
De facto, foi em 1223 que São Francisco de Assis, retornando a Itália de uma viagem à Terra Santa, resolveu recriar o nascimento de Jesus num lugar que fizesse lembrar a cidade de Belém. Escolheu então Greccio, um vilarejo na região de Rieti.
Aí, em vez de festejar a noite de Natal na igreja, como era seu hábito, resolveu fazê-lo numa gruta, na floresta circundante, para onde mandou transportar uma manjedoura, um boi e um burro, para melhor explicar o humilde nascimento de Jesus. A inclusão destes dois animais deve-se a esta passagem do livro de Isaías 1, 3-7:
“O boi conhece o seu dono, e o burro, a manjedoura dos
seus senhores. Israel não conhece, o meu povo não compreende”.
Tommaso da Celano, biógrafo contemporâneo de São Francisco, descreveu o primeiro presépio
vivo da história dizendo que nele participaram o nobre Giovanni Velita e
sua esposa Alticama, três companheiros frades do Santo e alguns pastores.
A história do nascimento de Jesus vem
descrita na Bíblia, um livro que temos na nossa BE. Além disso, Bíblia e
Biblioteca têm a mesma raiz: livros! Por isso, a equipa da BE, com a curadoria
da professora Cristina Silva, tendo em conta esta efeméride histórica, resolveu
organizar uma pequena exposição de presépios de Portugal e do Mundo, com a ajuda
e a colaboração de alguns docentes que cederam presépios das suas coleções
particulares (o que muito agradecemos) e proporcionou, aos alunos dos 5.º, 6.º
e 7.º anos, uma sessão de leitura de um conto de Natal e a visita à referida
exposição.
Com esta atividade quisemos preparar o
Natal de 2023.
Desejamos, pois, a toda a comunidade
educativa, sobretudo aos nossos alunos, docentes, colaboradores mais próximos, funcionários
e encarregados de educação, um Feliz Natal e um Novo Ano cheio de sucessos.