O Dia Mundial da Dança celebra-se todos os anos a 29 de
abril.
A data foi escolhida em 1982 pelo Comité Internacional da Dança (CID) da UNESCO, lembrando o nascimento de Jean-Georges Noverre, que nasceu neste dia em 1727 e que foi um dos grandes nomes mundiais da dança.
A data foi escolhida em 1982 pelo Comité Internacional da Dança (CID) da UNESCO, lembrando o nascimento de Jean-Georges Noverre, que nasceu neste dia em 1727 e que foi um dos grandes nomes mundiais da dança.
A celebração deste dia tem como objetivo lembrar a importância desta arte e
mostrar a sua universalidade, livre de barreiras políticas, culturais ou
éticas.
Porque dançar é próprio do corpo que se movimenta, que se apropria do espaço porque o preenche.
E um grande escritor francês, Charles Baudelaire (1821-1867), lembrava:
"A dança consegue revelar tudo o
que a música esconde misteriosamente, tendo mais mérito de ser humana e
palpável. A dança é poesia com braços e pernas, é a matéria, graciosa e
terrível, animada, embelezada pelo movimento".
Jean-Georges Noverre (1727-1810) foi bailarino e professor de dança francês...
... e destacou-se na história da dança por ter escrito um conjunto de cartas sobre a
dança da sua época.
E qual foi a novidade que ele trouxe a esta arte?
Ele incentivou os seus alunos a irem para as ruas, para os mercados e para
as oficinas para que estudassem os movimentos das pessoas comuns, em vez de
copiarem os modos corteses de príncipes e cortesãos.
Qual de nós nunca dançou? Se temos corpo, braços, pernas, cabeça… vamos lá!
E agora que estamos há tanto tempo em casa, é preciso mexer, saltar, rodopiar...
E agora que estamos há tanto tempo em casa, é preciso mexer, saltar, rodopiar...
É uma tal sensação de liberdade…
E por falar do corpo que dança, vamos terminar com Mário Cesariny (1923-2006), in "Pena Capital":
E por falar do corpo que dança, vamos terminar com Mário Cesariny (1923-2006), in "Pena Capital":
Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto
tão perto tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura
Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco