Neste tempo de confinamento (em que estamos em casa para
evitar o contágio, por nós e pelos outros) é muito importante sorrir!
A comunidade médica reconhece vários benefícios ao sorriso
tais como a diminuição da ansiedade, a redução da pressão arterial, o reforço do
sistema imunológico, a tonificação dos músculos do rosto, o alívio de dores ou
uma maior concentração.
Mas, para lá de tudo isto, ainda dispõe bem! Quando alguém
se dirige a nós com um sorriso ou quando abordamos alguém e de imediato somos
recebidos com um sorriso, é maravilhoso!
E isso desafia-nos! E se fossemos nós os primeiros a
provocar essa “felicidade” nos outros?
Podemos aproveitar tantas ocasiões: sorrir a toda a gente lá
em casa, sorrir mais vezes sozinhos (para passar a ser um hábito), sorrir ao
espelho, partilhar sorrisos nas redes sociais, em suma, fazer o outro sorrir.
O Dia Mundial do Sorriso foi instituído em 1999. A sua
criação deve-se a Harvey Ball, um artista de Worcester, Massachussets, EUA, que
é o autor da imagem do smiley, um círculo amarelo sorridente, reconhecida
internacionalmente.
Esta data é celebrada na primeira sexta-feita de outubro, o
que acontecerá, este ano, só no próximo dia 2 de outubro. Mas a 28 de abril
também se celebra o sorriso a nível mundial porque na internet foi divulgada
erradamente a ideia, há já alguns anos, de que esse era o Dia Mundial do Sorriso.
Foi um engano que se tornou um hábito. Porém, especialmente no tempo que estamos
a viver, sempre com as mesmas pessoas num mesmo espaço, o que aumenta as
tensões e as provocações, não é demais lembrar duas vezes um gesto tão simples
que não custa nada a quem o dá e dá tanto a quem o recebe.
Vamos a isso?
E, nem de propósito, aquele que é considerado o maior poeta de língua portuguesa do século XX,
Fernando Pessoa, escreveu o poema que aqui fica.
Reparem! Tem tanto a ver com o
que estamos a viver…
Sorriso audível das folhas
Não és mais que a brisa ali
Se eu te olho e tu me olhas,
Quem primeiro é que sorri?
O primeiro a sorrir ri.
Ri e olha de repente
Para fins de não olhar
Para onde nas folhas sente
O som do vento a passar
Tudo é vento e disfarçar.
Mas o olhar, de estar olhando
Onde não olha, voltou
E estamos os dois falando
O que se não conversou
Isto acaba ou começou?