Hoje, 8
de março, é Dia Internacional da Mulher!
O dia é
assinalado desde o início do século XX, embora com variação na data. Em 1975,
a ONU começou a celebrar neste dia mas só a 16 de dezembro de 1977
é que viria a ser oficialmente reconhecida pela Assembleia Geral das Nações
Unidas, através da Resolução 32/142.
Este
dia pretende celebrar os direitos que as mulheres conquistaram até ao dia de
hoje, caminho para a igualdade com o homem. Defender causas como o direito ao
voto, a igualdade salarial, a maior representação em cargos de liderança, a
proteção em situações de violência física e/ou psicológica ou o acesso à
educação continuam atuais porque, em vários pontos do globo, esses direitos
continuam por cumprir.
A celebração deste dia teve origem
no movimento operário, em 1908, quando 15 mil mulheres marcharam pela
cidade de Nova York exigindo redução das jornadas de trabalho, salários
melhores e direito ao voto. Um ano depois, o Partido Socialista da América declarou
o primeiro Dia Nacional das Mulheres.
A proposta de tornar a data
internacional veio da feminista alemã Clara Zetkin, comunista e
defensora dos direitos das mulheres.
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Clara Zetkin |
Ela deu a ideia em 1910,
durante a II Conferência Internacional de Mulheres Socialistas, em Copenhague,
onde estavam presentes cerca de 100 mulheres, de 17 países, que concordaram,
por unanimidade, com a sugestão.
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Clara Zetkin discursando num comício |
Assim, a data foi celebrada, pela
primeira vez, em 1911, na Áustria, Dinamarca, Alemanha e Suíça. Portanto,
estamos, na prática, a comemorar o 112.º Dia Internacional das Mulheres.
A proposta de Clara não apresentava
uma data concreta. Esta só foi formalizada em 1917, após uma greve, quando
cerca de 90 mil mulheres russas exigiram "pão e paz”. Dias depois, o czar
foi forçado a abdicar e o governo provisório concedeu às mulheres o direito de
voto.
A greve destas mulheres começou em
23 de fevereiro, pelo calendário juliano, utilizado, naquele tempo, na Rússia.
Esse dia corresponde ao 8 de março no calendário gregoriano — e é quando é
comemorado hoje.
A data tornou-se,
pois, uma ocasião para celebrar os avanços das mulheres na sociedade, na
política e na economia, contra a contínua desigualdade de género.
O
tema deste ano é:
“DigitALL:
Innovation and technology for gender equality” (DigitALL:
Inovação e tecnologia para a igualdade de género).
É que, atualmente,
37% das mulheres não utilizam a Internet, ou seja, 259 milhões de mulheres têm
menos acesso à Internet do que os homens, apesar de representarem quase metade
da população mundial.
E na Europa de que fazemos parte?
Embora tenham sido realizados
progressos nas últimas décadas, a violência e os estereótipos baseados no
género continuam a existir: como exemplos, as mulheres são as maiores vítimas
de violência física e/ou sexual e continuam a ganhar cerca de 16% menos que os
homens!
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Mulheres cientistas |
Neste contexto, a Comissão Europeia lançou a Estratégia para a Igualdade de Género 2020-2025, a qual defende “… uma Europa em que mulheres e homens, raparigas e rapazes, em toda a sua diversidade, sejam iguais e livres de seguir o caminho de vida que escolheram, tenham as mesmas oportunidades de realizarem o seu potencial e possam participar na nossa sociedade europeia e dirigi-la, em igualdade de circunstâncias.”
A Biblioteca
do Agrupamento de Escolas de Paço de Sousa quer, com este artigo, reconhecer o
trabalho, a força, a importância e a essencialidade de todas as mulheres para
um mundo mais justo, mais humano, mais perfeito!
Mulher!
Só por
existires…
… muito
obrigado!