Hoje é Dia de Reis!
Normalmente,
este dia é celebrado já na noite de 5 para 6, com a tradicional Véspera ou Ceia
de Reis. Nesta noite, à semelhança da Ceia de Natal, ocorrida há doze dias
atrás, a família volta a reunir-se à mesa para celebrar o fim dos festejos de
Natal, com o tradicional bacalhau com batatas e couves cozidas, o bolo-rei, o
pão-de-ló, as rabanadas e os sonhos, entre outras iguarias destas festas.
Mas então, o que se celebra neste
dia?
Celebra-se a manifestação, aos
homens, de Jesus como Filho de Deus. Há mesmo uma expressão vinda do grego, Epifania,
que significa manifestação, revelação. O Domingo próximo desta data chama-se
mesmo Domingo da Epifania.
A história bíblica narrada pelo
evangelista Mateus (não esquecer que o Natal é a festa do nascimento de um
menino a quem foi dado o nome de Jesus e que a Bíblia, o livro sagrado, afirma
ser filho de Deus, nascido de uma mulher chamada Maria) conta que, após o
nascimento do Menino Jesus numa gruta em Belém, os pastores, homens simples e
analfabetos, alertados pelos anjos, vieram adorá-lo.
Logo depois, guiados por uma
estrela, chegaram do Oriente uns homens, muito importantes e de grande
sabedoria, com a mesma intenção dos pastores: adorar!
Está então explicado o nome deste
dia: a adoração de três Reis Magos ao Menino Jesus como manifestação do
reconhecimento de um Deus feito homem, tornando-se assim o maior entre eles, ou
seja, o Rei!
Porém, como em muitas outras
histórias repintadas e replicadas ao longo dos séculos, também esta criou
algumas imprecisões.
Como na Bíblia é dito que virão
reis de terras distantes trazendo ouro (ao rei), incenso (ao Deus) e mirra (ao
homem), as pessoas entenderam que os magos referidos no relato do nascimento
seriam os tais reis e, se as prendas foram três, três seriam os Reis Magos!
E estes Reis Magos até ganharam
nome e história: Melchior (ou Belchior) o mais velho, um persa de pele branca com
cerca de 70 anos, Baltasar, um prudente árabe de pele escura com cerca de 40
anos e Gaspar, um indiano de pele amarela com 20 anos de idade, de forma a
representar todos os povos conhecidos nessa época.
E assim se vão construindo
narrativas, umas vezes escurecendo e tapando a verdade, outras vezes realçando
e tornando-a mais evidente.
Com esta festa da Epifania (que
celebraremos no próximo Domingo, 8 de janeiro) termina o tempo do Natal…
A todos a BE deseja uma festa
feliz! Que seja o início e o prenúncio de um 2023 cheio de coisas boas!
E de leituras!
A propósito, e se relêssemos “Os
três Reis do Oriente” da Sophia? É que está mesmo a pedir…