23 de outubro de 2020

Posted by Biblioteca de E.B.2,3 de Paço de Sousa in | outubro 23, 2020

 


Então o que é a ONU, a Organização das Nações Unidas?

É uma organização intergovernamental criada após o fim da Segunda Guerra Mundial, a 24 de outubro de 1945 (por isso os 75 anos que estamos a festejar), com a intenção de impedir outro horrível conflito como aquele e promover a cooperação internacional.

Na altura de sua fundação, a ONU tinha 51 estados (cinco deles membros permanentes do Conselho de Segurança: Estados Unidos da América, Reino Unido, França, União Soviética e China); hoje são 193.

A sua sede está localizada em Manhattan, na cidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos da América, mas também tem escritórios em Genebra (Suíça), Nairobi (Quénia) e Viena (Áustria). A organização é financiada com contribuições voluntárias dos estados-membros.

Bandeira da Organização das Nações Unidas (ONU)

São seus objetivos:

manter a segurança e a paz mundial;

promover os direitos humanos;

auxiliar o desenvolvimento económico e o progresso social;

proteger o meio ambiente;

providenciar ajuda humanitária em casos de fome, desastres naturais e conflitos armados.

Palácio de Vidro, sede da ONU, Nova Iorque

Mas qual foi a sua origem, quem se lembrou de tal coisa?

Durante a Segunda Guerra, o presidente norte-americano Franklin D. Roosevelt, começou a discutir a criação de uma agência que sucedesse à fracassada Liga das Nações. Assim, a Carta das Nações Unidas foi elaborada numa conferência realizada entre abril e junho de 1945, tendo entrado em vigor a 24 de outubro seguinte.

O objetivo primordial de promoção da paz foi muito difícil nas primeiras décadas de existência, por culpa da Guerra Fria entre os Estados Unidos da América, a União Soviética e os seus respetivos aliados. No entanto, teve participação em ações importantes na Coreia e no Congo, além de ter aprovado a criação do estado de Israel em 1947.

Após o fim da Guerra Fria, a ONU assumiu as principais missões militares e de paz ao redor do globo, com diferentes níveis de sucesso.

"Não Violência", Carl Reutersward

Em 2001, a organização foi distinguida com o Nobel da Paz e alguns de seus oficiais e agências também ganharam o prémio.


Porém, a avaliação não é unânime quanto à eficácia da sua ação. Enquanto alguns analistas afirmam que as Nações Unidas são uma força importante na manutenção da paz e na estimulação do desenvolvimento humano, outros consideram-na ineficiente, corrupta ou tendenciosa. O que todos concordam é que a ONU está muito limitada pois não tem meios suficientes para desenvolver a missão que se propôs.


Seis órgãos principais compõem a ONU:


- a Assembleia Geral (assembleia deliberativa principal);


- o Conselho de Segurança (para decidir determinadas resoluções de paz e segurança);


- o Conselho Económico e Social (para a promoção da cooperação económica e social internacional);


- o Conselho de Direitos Humanos (para promover e fiscalizar a proteção dos direitos humanos e propor tratados internacionais sobre esse tema);


- o Secretariado (para fornecimento de estudos, informações e facilidades necessárias para a ONU);


- o Tribunal Internacional de Justiça (o órgão judicial principal sediado em Haia).

 

Além destes, há órgãos complementares de todas as outras agências do Sistema das Nações Unidas, tais como:

- a Organização Mundial de Saúde (OMS);


- o Programa Alimentar Mundial (FAO);


- o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).


A ONU tem seis línguas oficiais: o árabe, o mandarim, o espanhol, o francês, o inglês e o russo.

"Guerra e Paz", Cândido Portinari

O cargo de maior responsabilidade e importância na ONU é o de Secretário-Geral:

Eis a lista completa:

- Trygve Lie (norueguês, 1946/1952);


- Dag Hammarskjöld (sueco, 1953/1961);


- U Thant (birmanês, 1961/1972);


- Kurt Waldheim (austríaco, 1972/1982) ;


- Javier Pérez de Cuéllar (peruano, 1982/1992) ;


- Boutros Boutros-Ghali (egípcio, 1992/1997) ;


- Kofi Annan (ganês, 1997/2007) ;


- Ban Ki-moon (coreano, 2007/2017) ;


- António Guterres (português, 2017…).


Ao celebrar as suas Bodas de Diamante no meio da pandemia da covid-19 e conduzida por um português, a ONU merece o nosso aplauso… e o nosso apoio!