O
jornalista, político, poeta e escritor José Jorge Alves Letria
nasceu em Cascais a 8 de junho de 1951.
Autor de
uma vasta obra para crianças e jovens, José Jorge Alves Letria
desempenhou, entre 1994 e 2002, as funções de vereador da Cultura no município
local. Foi distinguido, em junho de 2002, com a Medalha de Honra do Município de Cascais, tendo sido atribuído o
seu nome à Escola EB 1 da vila de Cascais, por si frequentada na infância.
Estudou
Direito e História na Universidade de Lisboa, sendo pós-graduado em Jornalismo
Internacional e Mestre em “Estudos da Paz e da Guerra nas Novas Relações
Internacionais” pela Universidade Autónoma de Lisboa. Doutorou-se com distinção
em Ciências da Comunicação no ISCTE.
Desde 1970
até dezembro de 2003, foi redator e editor de jornais como o “Diário de Lisboa”, o “República”, o “Musicalíssimo”, o “Diário
de Notícias” e o “Jornal de Letras”,
tendo sido, igualmente, professor de jornalismo, experiência da qual resultou a
publicação de três livros sobre a matéria. Foi autor de programas de rádio e de
televisão, destacando-se, a esse nível, a sua participação, durante vários
anos, na equipa de criadores da “Rua Sésamo”, em
Portugal. Foi também correspondente de jornais estrangeiros, autor dos textos
do programa “Pastéis de Belém”, na
TSF, e autor do ensaio “O Terrorismo e os Media - o
Tempo de Antena do Terror”. Foi Vice-Presidente da Direção e da
Administração da Casa da Imprensa.
Foi também um
dos poucos civis que se encontravam ao corrente do levantamento militar de 25 de Abril de 1974, tendo colaborado com os militares na
Direção da Emissora Nacional desde 27 de abril desse ano. Sobre a sua experiência
na madrugada do 25 de Abril publicou, em 1999, o livro “Uma Noite Fez-se
Abril”.
O seu livro
para crianças “O Homem que tinha uma árvore na cabeça”
integrou, em 2002, a lista “Books and Reading for Intercultural Education”, da
União Europeia.
O essencial
da sua obra poética encontra-se condensado nos dois volumes da antologia “O Fantasma da Obra”, publicados em 1994 e em 2003, ano em
que completou três décadas de atividade literária em livro.
Foi, antes
do 25 de Abril, um dos nomes mais destacados da canção da resistência (com
vários discos gravados e centenas de espetáculos realizados, nomeadamente na
Galiza e em Madrid, em 1972 e 1973) ao lado de nomes como José Afonso, Adriano Correia
de Oliveira, Francisco Fanhais e Manuel
Freire, tendo sido agraciado, em 1997, com a Ordem da Liberdade
pelo Presidente Jorge Sampaio.
OBRA LITERÁRIA
Ficção infanto-juvenil
“Mouschi, o gato de Anne Frank”,
ilustrações de Danuta Wojciechowska
“Corpos celestes”, ilustrações de Sandra
Abafa
“Os animais
fantásticos”, ilustrações de André
Letria
“O abraço de Picasso”,
ilustrações de Carlos Rebelo da Silva, 1993
“Olá, Brasil!”, ilustrações de João Fazenda, 2000
“A violência explicada aos jovens... e aos outros”,
ilustrações de João Fazenda, 2000
“A ecologia
explicada aos jovens... e aos outros”, ilustrações de André Letria
“Letras &
Letrias”, ilustrações de André
Letria
“A minha
primeira República”, ilustrações
de Afonso Cruz, 2009
“Henriqueta, a tartaruga de Darwin”,
ilustrações de Afonso Cruz, 2009
“Galileu à luz de uma estrela”,
ilustrações de Afonso Cruz, 2009
“O dia em que o
homem beijou a lua”, ilustrações
de Carla Nazareth, 2009
“A caixa das
ferramentas”, ilustrações André
Letria
“Alfabeto dos Países”,
Ilustrações de Afonso Cruz, 2009
“Avô, conta
outra vez”, ilustrações de André
Letria
“Porta-te bem”, ilustrações
de Joana Quental
“Histórias,
Mitos e Lendas de Cavalos”, ilustrações
de Maria João Lopes
“Histórias de
ir à bola”, ilustrações de Joana
Quental
“Era uma vez um Rei conquistador”, ilustrações
de Afonso Cruz, 2009
“Machado dos Santos-Herói da Rotunda”,
ilustrações de Afonso Cruz, 2010
Ficção
“Do sentimento mágico da vida”, 1994
“A mão esquerda de Cervantes”, 1998
“A metade iluminada”, 1998
“Um amor português”, 2000
“Meu Portugal brasileiro”, 2008
“O que Darwin escreveu a Deus”, 2009
“Coração sem abrigo”, 2009
“A última valsa de Chopin”, 2010
“O Vermelho e o Verde”, sobre a implantação
da República, 2010
“E tudo era possível - retrato de juventude com Abril
em fundo”, 2013
Prémios e distinções
Medalha da International des Arts et des Lettres, de Paris
1992, juntamente com os escritores Natália Correia e David Mourão-Ferreira;
Oficial da Ordem da Liberdade, em 9 de junho
de 1997, pelo Presidente da República Jorge Sampaio;
Medalha de Honra do Município de Cascais, em junho
de 2002, tendo sido atribuído o seu nome à Escola EB 1 da vila, por si
frequentada na infância;
Dois Grandes Prémios da Associação Portuguesa de
Escritores em conto e em teatro.
Prémio Internacional UNESCO atribuído
em França;
Prémio Aula de Poesia de Barcelona;
Prémio Plural do México;
Prémio da Associação Paulista de Críticos de Arte atribuído
em São Paulo;
Prémio Gulbenkian;
Grande Prémio Garrett da Secretaria de Estado da
Cultura;
Duas vezes Prémio Eça de Queirós-Município de Lisboa;
Três vezes Prémio Ferreira de Castro de Literatura
Infantil;
Prémio "O Ambiente na Literatura Infantil";
Prémio Garrett;
Prémio José Régio de teatro;
Prémio Camilo Pessanha do IPOR;
Prémio Maria Rosa Colaço, 2006,
para o texto inédito "A Fala das Coisas";
Prémio Nacional de Poesia Nuno Júdice, 2007,
para a coletânea inédita "Sobre Retratos";
Prémio Manuel d'Arriaga da
Sociedade Protetora dos Animais, 2009.